quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mais uma época vai começar e resolvemos entrevistar o nosso mister e saber quais a suas ideias para o clube.

GDTM – Mais uma época vai começar, quais são as suas perspectivas?
GV – Depois de na época transacta, pagarmos cerca de 9500€ de dívidas, este ano vamos ser mais competitivos, certamente.



GDTM – Tem a equipa que queria?
GV – Não, ninguém tem a equipa que quer. Quanto a mim, gostava de ter mais atletas da freguesia, mas por um motivo ou por outro, incompreensível, diga-se, tenho apenas 3 atletas da freguesia.



GDTM – Não é fácil, trabalhar no Terras.
GV – Nem no Terras nem em qualquer clube da AFVR. Quando não há dinheiro, não pode haver vícios. A conjuntura actual, política e social, não permite que haja apoios suficientes para se poder fazer uma época descansado. Assim, meia dúzia de carolas e teimosos, tentam levar para a frente aquilo que outra meia dúzia de iluminados tentam levar para trás. É assim em tudo e muito mais aqui.



GDTM – Quando falamos do Terras, falamos de Gilberto Vicente. Como treinador que é, não fica com medo que fique irremediavelmente ligado ao Terras, por exemplo, o Gil? Está no Terras, obvio.
GV – (risos) Não me faltam convites, se é isso que queres saber. Esta época recusei um clube da honra e dois da 1ª divisão e ainda tive uma abordagem para o futsal.
Embora esteja convicto que o meu ciclo se fecha no final desta época, estou aqui de alma e coração. Queria vos dizer que quem me convenceu a ficar foi o capitão da equipa, pois tinha outros objectivos para esta época. Sou um indivíduo calmo e pacato, gosto muito de ter tempo para tudo e pouca pressão. No Terras tenho isso, portanto… agora se aparecer uma proposta que me agrade, obvio que penso nisso.



GDTM – Diz-se que teve com um pé nas camadas jovens do GDV.
GV – Sim, aliás estive mesmo com os dois pés. O volte face deu-se, mas por motivos que só a mim e ao GDV, é que interessam. São momentos. O futebol é feito de momentos.



GDTM – Falou-se também, que poderia ir para adjunto de Carlos Guerra no GDV, devido ao facto dele não poder exercer por estar suspenso por um ano pela AFVR.
GV – Isso é meio verdade meio mentira. Fui abordado efectivamente, pelo Sr. Leonardo Batista, para ser adjunto do treinador do GDV, mas de imediato recusei. Não posso ser adjunto de alguém que tem uma maneira de ver o futebol que eu não concordo.



GDTM – Como assim?
GV – Assim…


GDTM – Esta época vai ter os apoios que pediu?
GV – Os apoios que temos são sempre de louvar.
Este ano temos os apoios normais da Câmara Municipal, que é uma aliada de peso no orçamento de qualquer clube da região. Mesmo tirando o transporte, como ficou decidido há dois anos, é sempre uma grande aliada, ajudando em (quase) tudo que necessitamos.
A Junta de Freguesia faz o que lhe compete, não tudo o que gostaríamos mas o que pode fazer eles vão fazendo, a muito custo mas lá vão, com prejuízos evidentes e irremediáveis a nível de relações pessoais, mas não posso deixar de defender o meu clube.
Os sócios, que nunca nos abandonam, mesmo em épocas más, como a do ano passado
Os atletas. Temos um núcleo duro que estão sempre presentes na hora da verdade
Os dirigentes. Extraordinários. Sempre disponiveis, sempre que solicitados



GDTM – Boa sorte é o que nós desejamos ao mister, e esperar que possamos contar consigo mais uns anitos.
GV – Eu agradeço o vosso desejo, é bom sinal. Este ano fica paga, praticamente toda, a divida do clube, depois, bem depois é tempo de dar oportunidades a outros de fazerem alguma coisa pelo clube da freguesia. Eu gostaria de ver mais alguém, para além dos sempre os mesmos (risos), a tomar conta do leme.






Luis Santos (coordenador do blogue)

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